Tratamento

Ao trabalhar com tantas pessoas diferentes no consultório ano após ano, ouvi jovens e idosos expressarem os mesmos sentimentos. 

Muitos são aqueles que, apesar de riqueza, educação e sucesso profissional, estão insatisfeitos com suas vidas, e sentem uma profunda fome interior que não sabem como saciar.  Debaixo da superfície próspera das nossas vidas, ainda experimentos frustração e confusão, ansiedade e desespero.

Vivem atrelado à matéria, com o ser ainda fechado para o que é eterno, caminhando sobre uma corda bamba, em chamas, pronta para arrebentar.

Não possui a consciência de que não é um ser material com necessidades espirituais ocasionais, mas sim, um ser espiritual com necessidades materiais ocasionais. 

Prefere a pseudo paz do conformismo social do que a angústia da busca pelo seu via a ser.
Sua falta de sinceridade para consigo mesmo é uma das maiores e mais potentes barreiras do processo de vir a ser.  A insinceridade corrói a integridade de sua alma e destrói o fortalecimento da razão.

Desde o primeiro dia de vida, as pessoas estão sendo treinadas para serem condicionadas ao sistema de crenças em que nasceram.

O ser humano é educado para viver num sistema que não lhe permite o questionamento, a dúvida, a um ser humano que não é capaz de duvidar, de questionar, de dizer “não” de forma alguma poderá ser capaz de potencializar os seus talentos e ser ele mesmo. Viverá de aparências e quem vive de aparências, só aparentemente vive.

Por não ousar  sair da limitação imposta pelo sistema em que vive e se aventurar no aberto, no desconhecido,  não consegue de forma alguma potencializar os seus talentos, sua criatividade, se fechando assim, para toda possibilidade de expansão da própria alma.

Reeducação mental

A meta é a da realização da própria vontade espiritual.

A verdadeira cura começa com nossa reeducação mental.

Focalizar a mente no nível intuitivo e no espiritual, exige reeducação.

Por épocas inteiras fomos habituados a só pensar em doenças considerando-as como nossas opositoras, assim como a nos prevenir contra elas.

Aderimos a um condicionamento que sustenta as industrias de medicamentos e os sistemas de curas paliativos.  O que nos mostra o quanto vivemos centrados em nosso aspecto material e terrestre.  Mas se permanecemos com a  atenção só no corpo físico, nas emoções e nos pensamentos, não nos libertamos das enfermidades.  O sentido real da vida é reconhecido quando estamos cientes de termos um núcleo espiritual portador de energias universais e curativas. 

Como o próprio fato de saber disso nos conecta com esse centro interno de poder, resta-nos retirar a atenção dos níveis doentios e elevá-la acima deles.

Um dos primeiros passos é nos perguntar eternamente:

  • Quem sou eu?
    • Qual a vontade superior?
    • Qual a minha verdadeira vida?
    • Preocupações existenciais supremas:

 (morte, isolamento, liberdade  e significado) que quando confrontados evocam uma profunda ansiedade

  • O que desejar como epitáfio em sua lápide.
  • É extraordinariamente difícil saber o que o outro realmente sente; é demasiadamente freqüente que projetamos nossos próprios sentimentos no outro.